sábado, 23 de maio de 2009

Exposição realizada na ESFRL


Do dia 19.05.09 até ao dia 21.05.09, realizámos uma exposição no átrio da nossa escola, que tinha como título: “Deficiência Motora”. Esta exposição continha:


-> Três placares com temas diferentes:
1º placar- “ Instituições em Leiria”- que continha informação relativamente às três instituições visitadas pelo grupo (Clínica de reabilitação da Santa Casa da Misericórdia, APD- Marinha Grande e instituição OASIS). A instituição OASIS mereceu um maior destaque, pelo que, colocámos informação relativamente a salas que a instituição contem, aula de hipoterapia e aula de hidroterapia.

2º placar- “Barreiras Arquitectónicas vs Acessibilidade”- que continha fotos, recolhidas pelo grupo, de locais com barreiras arquitectónicas e de locais com correcta acessibilidade para os deficientes motores. Ao lado de cada foto, havia uma pequena informação pertinente relativamente ao local.

3º placar- “O que tu pensas”- que continha os resultados dos inquéritos que nós obtivemos após uma rigorosa análise. No placar, achámos por bem também colocar breves conclusões retiradas por nós após a interpretação dos resultados obtidos.


-> Uma mesa que continha uma cartolina em que dávamos a conhecer informações pertinentes relativamente à deficiência motora e um livro onde os visitantes da nossa exposição podiam deixar a sua opinião.


-> Um vídeo dividido em duas reportagens: Numa reportagem foram colocados dois testemunhos de deficientes motores, um com origem congénita e outro com origem adquirida; E uma reportagem feita por nós que continha uma colectânea de actividades realizadas por nós, tais como: Visita à instituição OASIS, acompanhamento de uma aula de hipoterapia e hidroterapia, avaliação das barreiras arquitectónicas em Leiria e jogos tradicionais realizados na ESFRL.

”A jogar é que a gente se entende”




No dia 12.05.09 realizaram-se na ESFRL jogos tradicionais entre deficientes motores da instituição OASIS e alunos da nossa turma. Fizemos 3 tipos de jogos tradicionais:

-> Sky terrestre: Jogo em que são utilizadas duas tábuas de madeira rectangulares com duas “alças de tecido” (uma em cada extremidade da tábua), onde a primeira pessoa coloca um pé na “alça” da extremidade da frente e outro pé na extremidade da frente da outra tábua, e a segunda pessoa faz o mesmo mas nas “alças” da extremidade de trás. O objectivo deste jogo consiste em realizar mais rapidamente o caminho trilhado pelos pinos.

-> Pesca: Jogo em que o objectivo é, através de uma cana, “pescar” uma rolha de cortiça (que continha um prego adequado para lá colocar o “anzol”).

-> Jogo das latas: Jogo que consiste em lançar uma pequena bola para derrubar uma pirâmide de latas.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Acessibilidade na cidade de Leiria






No dia 5 de Maio de 2009, decidimos ir avaliar se a cidade de Leiria oferece boas acessibilidades para um deficiente motor se poder mobilizar autonomamente. Para isso dirigimo-nos a alguns locais públicos da cidade, tais como: tribunal, Segurança Social, Câmara municipal de Leiria, principais centros comerciais, entre outros.

Decidimos averiguar o tipo de acessibilidade e obter informações para posteriormente fazer registo destas e fazer algumas gravações a colocar no vídeo a divulgar na exposição, e no placar "Barreiras Arquitectónicas vs Acessibilidade em Leiria".

Com esta actividade adquirimos mais consciência sobre a dificuldade que um deficiente motor enfrenta no dia-a-dia devido à mobilidade condicionada. Pudemos também concluir que, contrariamente ao que pensávamos, a cidade de Leiria tem muitas acessibilidades (apesar de algumas excepções) para um deficiente motor.

domingo, 17 de maio de 2009

Acessibilidade na ESFRL



Durante a pesquisa que efectuámos na nossa escola para saber se esta oferece acessibilidade para um deficiente motor, podemos chegar à conclusão que esta não está devidamente preparada para receber um aluno deficiente motor.

A escola apenas oferece uma correcta acessibilidade para um deficiente motor num só piso (piso do bar). Então, um deficiente motor que estudasse na nossa escola, apenas poderia ter aulas nesse piso, uma vez que apenas este permite uma correcta entrada, livre circulação e saída para este tipo de alunos. Apesar disso, constatámos que, caso um deficiente motor (do sexo masculino) estudasse na nossa escola, não lhe seria permitido utilizar a casa-de-banho dos homens, uma vez que, para se efectuar a entrada nesta casa-de-banho, é necessário subir um degrau.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Hidroterapia

A hidroterapia ajuda os deficientes motores no melhoramento das capacidades motoras e psicológicas, através do contacto com a água. Fazem vários exercícios, movimentando todas as partes do corpo.

Os efeitos terapêuticos dos exercícios na água estão relacionados com o alívio da dor, melhora a circulação, melhora o movimento das articulações e o fortalecimento dos músculos enfraquecidos ou paralisados.


Hipoterapia


Hipoterapia é um tratamento que é feito através da interação entre cavalos e indivíduos com qualquer tipo de deficiência.

O contacto com os cavalos seja montar neles ou apenas tocar-lhes, estimula o movimentos dos musculos das pernas, dos braços e do tronco o que beneficia a capacidade motora dos deficientes motores que executam este tratamento.

Montar a cavalo oferece benefícios devido à transmissão continua de movimentos do cavalo ao cavaleiro (individuo com deficiencia), para além disso as qualidades da actividade enquanto desporto favorece o psicológico do individuo.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Barreiras Arquitectónicas em Leiria

Envia fotos de locais, onde consideras que um deficiente motor teria dificuldades na sua mobilidade.

Podes também descrever-nos um local onde se encontra uma barreira arquitectónica, para depois o nosso grupo dar a conhecer essa situação posteriormente!

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Projecto "Tampinhas"


Trouxemos, em conjunto com outra turma, o projecto "Tampinhas" consiste na recolha do máximo de tampas. Assim, após obter a quantidade necessária de tampas, a entidade encarregue de entregar uma cadeira de rodas em troca da quantidade de rolhas, para facultarmos a um deficiente motor.

DIA INTERNACIONAL DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

Dia 3 de Dezembro

A 37º Sessão Plenária Especial sobre Deficiência da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, realizada em 14 de Outubro de 1992, em comemoração ao térmito da Década, adoptou o dia 3 de Dezembro como Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, por meio da resolução A/RES/47/3. Com este acto, a Assembleia considera que ainda falta muito para se resolver os problemas dos deficientes, que não pode ser deixado de lado pelas Nações Unidas.
A data escolhida coincide com o dia da adopção do Programa de Acção Mundial para as Pessoas com Deficiência pela Assembleia Geral da Onu, em 1982. As entidades mundiais da área esperam que com a criação do Dia Internacional todos os países passem a comemorar a data, gerando consciencialização, compromisso e acções que transformem a situação dos deficientes no mundo.

terça-feira, 7 de abril de 2009



Na quinta-feira dia 12 de Fevereiro de 2009, fomos à Clínica Médica de Reabilitação Santa Casa da Misericórdia, Avenida Nossa Senhora de Fátima em Leiria, com objectivo de entrevistar a fisioterapeuta Dr. Joana Romeiro.


Como é trabalhar com deficientes motores?
Há muitos tipos de deficientes motores, todos diferentes, mas que não é difícil trabalhar com estas. Antes de chegarem aos centros de fisioterapia, estas pessoas frequentam clínicas onde passam por um processo no qual se mentalizam do tipo de problema que têm e porque o têm, e são acompanhados por um psicólogo principalmente em Alcoitão ou na Tocha, e aprendem quais os exercícios a realizar na fisioterapia.
Por outro lado, esta profissão é muito pouco gratificante em relação aos deficientes motores, pois a maioria destes sabem que não resolverão o seu problema.


Que tipo de actividades podem desenvolver?
Não realizam actividades, apenas exercícios de força para manter ou melhorar a funcionalidade de um membro do corpo, por exemplo no caso de pacientes que pratiquem desporto, basquetebol, ténis ou natação.


Existem actividades/exercícios específicos?
Cada doente é um caso. Por exemplo no caso de um paraplégico campeão de ténis, apenas realizasse exercícios de braços. Na fisioterapia, no caso dos deficientes motores faz-se apenas a manutenção do que pode ser melhorado ou mantido, o que não tem hipótese de evoluir não fazemos nada em relação a isso porque tanto o paciente como o fisioterapeuta sabe que não vale a pena. A segurança social dá todo o tipo de material necessário às actividades de fisioterapia.


Qual a motivação destas pessoas?
Depende da faixa etária e do problema da pessoa.
Os adultos com uma vida familiar estável e com emprego, vivem como outra pessoa qualquer.
Com crianças é pior, pois não esperam por um grande futuro, porque mesmo que possam estudar vai ser muito difícil entrar no mercado de trabalho. Por outro lado, enquanto crianças não têm ainda noção do que lhes reserva o futuro e conseguem-se adaptar melhor. Há também doentes que após ficarem paraplégicos, desmotivam por completo e desmotivam todos aqueles que o rodeiam, porque não melhoram e estão completamente dependentes de terceiros.


Disponibilizam materiais (cadeiras de rodas, …)?
Não. Apenas são utilizadas as cadeiras que servem para transportar os doentes até a clínica de fisioterapia, por parte dos bombeiros ou ambulâncias. Trazem cadeiras de Alcoitão, Tocha ou Hospitais Centrais que são pagas pela Segurança Social. As cadeiras, são apenas emprestadas temporariamente aos hospitais centrais.
Materiais do género de andarilhos, tripés, canadianas e outros são os doentes que têm de comprar.


Em que medida este apoio pode melhorar a qualidade de vida dos deficientes?
Depende do tipo de deficiente. Vir á clínica fazer a sessão de tratamento melhora o psíquico do doente, pois permite-lhes conviver com outras pessoas e conversar sobre os seus problemas.


Ao longo da sua experiencia, como têm reagido os deficientes?
Todos os doentes são diferentes, têm reacções diferentes. Há pacientes que têm grande motivação e querem recorrer aos melhores tratamentos e fisioterapeutas, até por vezes recusando os fisioterapeutas que lhes foram propostos inicialmente. Há também pacientes que se sentem amargurados e que não reagem bem com quem os está a tratar, por fim há os pacientes que reagem muito bem e adaptam-se perfeitamente caso haja mudança de fisioterapeuta.


Quer falar-nos de algum caso que a tenha marcado?
«Foi o caso de uma menina de seis anos que ficou paraplégica, num acidente em Porto de Mós em que uma roda de camião soltou-se em direcção de uma escola primeira em que uma rapariga morreu, outra ficou sem um braço e por fim a rapariga que ficou paraplégica. Ouvir as notícias na televisão e ver ao vivo é completamente diferente. Para mim foi um choque ao ver que as pernas da rapariga não cresceram mais desde o acidente, agora que tem 15 anos. Além disso vive no seio de uma família com muitas dificuldades e fico triste por saber que não lhe espera um futuro risonho (…). Estas crianças têm sempre acompanhamento psicológico, mas é sempre complicado terem motivação, pois sabem que não vão voltar a andar, e acham que a fisioterapia no fundo é desnecessária…»


Houve alguma história caricata que tenha acontecido numa sessão de fisioterapia?
«Quando estava a estagiar em Neurologia, a trabalhar com deficientes motores, quando os cumprimentava dizia “Então como é que isso anda?” ou “Está tudo a correr bem?” e os pacientes respondiam “Pois andar ou correr nem por isso…”, só assim nos apercebemos que é preciso ter cuidado com o que dizemos (…). Outra situação, a pior que me aconteceu, foi deixar cair um tetraplégico que era muito pesado ao tentar transporta-lo sozinha, e ainda foi um doente de AVC que se levantou e começou a fugir, mas não devemos reagir mal as estas situações, devemos é rir para que as pessoas em volta se sintam bem»

Acabamos assim a entrevista, e pedimos autorização para fotografar a sala de fisioterapia e os equipamentos utilizados para os diferentes exercícios feitos pelos doentes.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Visita à instituição OASIS (2º Parte)

Na terça-feira dia 3 de Março de 2009, fomos à instituição Oásis, no Vale Sepal em Leiria, com objectivo de entrevistar dois deficientes motores, um de origem congénita e outro de origem adquirida.

Deficiente de Origem Congénita:

Qual o tipo de deficiência motora que possui?

O Sr. Frederico respondeu que era paraplégico.

Teve o apoio da família? Quem mais o ajudou?

Referiu que tinha ajuda por parte da família e que quem o ajudava mais era o seu irmão com 16 anos de idade.

Qual o apoio que sentiu por parte da instituição Oásis?

O apoio que sente é na parte do convívio, pois convivem uns com os outros, ajudam-se uns aos outros e praticam algumas actividades.

Pratica desporto? Se sim, qual e em que instituição?

Neste momento não pratica nenhum desporto, apenas realiza as actividades desportivas propostas e organizadas pela associação, mas quando era mais novo praticou futsal na escola Correia Mateus.

Descreva o seu dia-a-dia.

O dia-a-dia deste portador de deficiência é sempre a mesma coisa, ver televisão, passear e estar com os amigos.

Alguma vez se sentiu descriminado? Em que situação?

Não se recorda de nenhuma situação em que tenha sido descriminado, nem que o tratassem mal, referiu apenas que a família o trata da melhor forma.

Qual a situação que mais o marcou?

Não se recorda de nenhuma situação que o tenha marcado mais, mas gosta de estar na instituição e passear. Relembra de novo a época em que jogava futsal há uns anos atrás.

Acha que a cidade de Leiria disponibiliza uma oferta em termos de acessibilidades?

O entrevistado acha que a cidade de Leiria não tem muitas acessibilidades, apesar de não passear muito por Leiria sabe disso, talvez seja uma razão pelo qual não passeie pela cidade.

Tem projectos para o seu futuro?

Não referiu nenhum projecto que tivesse para o futuro, disse apenas que ia vivendo um dia de cada vez.

Qual o seu maior sonho?

O paciente referiu que o seu maior sonho seria andar e trabalhar.

Deficiente de Origem Adquirida:

Qual o tipo de deficiência motora que possui?

Tem hemiplegia direita (o lado direito do corpo paralisado).

O que alterou na sua vida?

Tudo. A nível profissional trabalhava como enfermeira e teve de deixar essa profissão. Estava para casar e devido à deficiência acabou por tal não acontecer, e a sua vida em casa tornou-se completamente diferente.

Apenas ao ver outras pessoas com o seu problema, ou pior, é que se sentiu força para continuar a viver e a lutar para se adaptar a esta nova vida.

Tem o apoio da sua família? De entre os seus familiares e amigos quem o ajudou mais?

Só os seus pais, irmãos e amigos mais próximos a apoiaram. O resto dos familiares não ajudaram muito, apenas mostraram pena. Os irmãos tiveram de deixar de estudar para cuidar dela, enquanto os pais trabalhavam.

Qual o apoio que sente por parte da instituição OASIS?

Como conseguiu adaptar-se ao longo do tempo a viver com a deficiência, não frequenta a instituição por uma necessidade mas sim pelo convívio com os amigos com quem criou laços, pela ocupação que a OASIS lhe proporciona, e a possibilidade de ter acompanhamento por parte da psicóloga.

Pratica desporto? Caso pratique, qual o desporto e em que associação?

Praticou natação, mas basicamente o desporto que faz é através das actividades que se realizam na OASIS. Também já fez várias viagens para fora do país organizadas por instituições e ainda participou em encontros com outras pessoas com deficiência.

Descreva o seu dia-a-dia.

Passa o dia na instituição, participa nas actividades diárias. Durante o resto do tempo, está em casa, na qual teve de fazer alterações que se adaptem às suas necessidades que a deficiência lhe provoca.

Alguma vez se sentiu discriminado? Em que situação?

«Uma vez nos correios estava a tentar colar o selo sozinho, com alguma dificuldade uma vez que não consigo mexer o braço direito e uma funcionária á frente de todas as pessoas que ali estavam gritou comigo e chamou-me “porca”. Fiquei super envergonhada, mas felizmente as pessoas perceberam que eu tinha deficiência e repreenderam a senhora, contudo ela não pediu sequer desculpa (…)»

Qual a situação que o marcou mais?

Ficar com esta deficiência de um momento para o outro, foi um grande choque pois já tinha planos para o futuro, incluindo casar e nada disso se concretizou.

Acha que a cidade de Leiria disponibiliza uma oferta em termos de acessibilidades?

Acha que não, acha que Leiria podia estar mais preparada para acolher este tipo de pessoas com deficiência.

Tem projectos para o seu futuro?

Publicar um livro de poemas que tem vindo a escrever desde que ficou com a deficiência.

Qual o seu maior sonho?

«Ter saúde, editar o livro e tentar arranjar emprego».

quarta-feira, 25 de março de 2009

Visita à instituição OASIS (1º Parte)


Com o intuito de conhecer uma instituição em Leiria que acolhe os deficientes motores, na quarta-feira dia 26 de Março de 2009, fomos à insituição OASIS, Vale Sepal em Leiria, com objectivo de visitar as instalações e entrevistar a psicóloga Dr. Lília Belo Colegas e a técnica de reabilitação Ana Rita Silva.


1.Há quanto tempo trabalha com pessoas portadoras de deficiência? Que tipo de deficiência?
A psicóloga respondeu que trabalha com deficientes desde Setembro de 2008, apesar de ter feito um estágio curricular em 2002 na CERCILEI com pessoas portadoras de todo o tipo de deficiência.

2. Essas pessoas procuram o seu serviço por iniciativa própria ou por aconselhamento?
A psicóloga referiu que os deficientes tanto procuravam o seu serviço por iniciativa própria como por aconselhamento, ou seja, estas pessoas por vezes vão ao gabinete dela pedir ajuda quando precisam de falar e por outras vezes são as funcionárias que consideram que uma determinada pessoa não se encontra bem e tentam encaminhá-la para o gabinete da psicóloga. Existe também determinadas ocasiões em que a psicóloga se desloca às salas de trabalho com o objectivo de averiguar se há algum utente que possa necessitar da sua ajuda. Assim os utentes sentem-se mais à vontade e acabam por criar laços de proximidade com a especialista, como se fosse uma conversa entre amigos.

3.Com que finalidade procuram os seus serviços?
A especialista disse que a maior parte das vezes os deficientes procuram-na essencialmente para desabafar, de maneira a dizer tudo o que sentem em relação a determinados problemas sobretudo relacionados com a família, dado que muitas das vezes este tipo de população tem muitos problemas com os familiares.

4.Como reagem ao trabalho do psicólogo?
A psicóloga considera que os utentes reagem positivamente ao seu trabalho, sente que confiam nela e que a procuram quando precisam, o que acaba por ser muito importante, dado que, na maior parte dos casos há um elo de ligação entre utente e psicóloga, o que ajuda muito para o sucesso do trabalho da psicóloga. Considera também que muitos dos utentes sentem-se sós e necessitam por isso de ter alguém com quem possam desabafar para descarregar os seus problemas.

5.Os familiares destas pessoas também a consultam? Se sim, com que finalidade?
A especialista referiu que é com pouca frequência que os familiares dos utentes a procuram, mas quando o fazem (por telefone ou presencialmente), fazem-no normalmente por motivos muito específicos, como por exemplo: notaram alguma alteração no comportamento do seu familiar ou porque aconteceu algum problema em casa e não entendem o porquê, o que desencadeia um trabalho de psicólogo e familiares em conjunto.

6.Na sua opinião, qual a maior dificuldade que um psicólogo enfrenta quando acompanha estas pessoas?
A especialista referiu que a maior dificuldade com que se depara é o facto de existir alguma dificuldade por parte dos utentes de entenderem o que é que esta está a dizer, ou seja, há necessidade de explicar de uma forma mais simples o que se quer dizer. Fez ainda questão de salientar que no caso dos deficientes motores que não estão ligados a qualquer tipo de perturbação, o trabalho é mais fácil porque não há dificuldade de entenderem o que a psicóloga quer dizer.

6.Como faz a avaliação da evolução da estrutura psicológica da pessoa?
A psicóloga começou por dizer que primeiro é feita uma entrevista, funcionando como uma conversa com o objectivo de avaliar a comportamento, postura, expressão facial e tom de voz da pessoa e depois é feita uma aplicação de algumas avaliações com a técnica de reabilitação, terapeuta e professor de necessidades educativas especiais, a nível da comunicação, motricidade, e linguagem. Por vezes os utentes são submetidos à realização de determinados jogos para testar a capacidade que têm de trabalho e de compreensão.

7.Houve algum caso que a tenha marcado mais?
A psicóloga destacou um caso de um utente em que havia uma doença mental muito complicada de lidar e que se tornava agressiva com muita frequência.


De seguida, fomos para o gabinete da técnica de reabilitação, onde iniciámos a segunda entrevista.


1.Há quanto tempo trabalha com pessoas portadoras de deficiência?
A técnica adiantou que está a trabalhar na OASIS à quarto anos. Ao longo do seu estágio de curso passou por outras instituições para lidar com deficientes motores, visuais, entre outros.

2.Essas pessoas procuram o seu serviço por iniciativa própria ou por aconselhamento?
A técnica referiu que na instituição existe um horário estipulado para as sessões. Durante as sessões fazem reabilitação, ou seja, alguns exercícios a nível dos membros superiores e inferiores, exercícios de postura e equilíbrios, entre outros. Esclareceu-nos que o papel de um(a) técnico(a) de reabilitação, na OASIS (dado que a população é adulta), é criar exercícios de modo a manter a funcionalidade dos seus membros. Referiu ainda que o exercício mais praticado nas suas sessões é a ida à casa de banho, dado que existe utentes que fazem a transferência da cadeira para a sanita autonomamente, com estas pessoas treina-se o equilíbrio e a postura. É também importante esclarecer a diferença do papel de um técnico de reabilitação e de um fisioterapeuta, um fisioterapeuta trabalha muito a nível do músculo, tendo um papel muito mais aprofundado ao "ensinar" o músculo para no futuro fazer o movimento, enquanto que o papel de um técnico de reabilitação é manter esse movimento.

3.Quais são as principais problemas a nível da motricidade que as pessoas (portadores de deficiência) apresentam?
A especialista indicou que depende das patologias. A deficiência motora contém a paralisia cerebral (lesão no cérebro que afecta), que pode afectar apenas o movimento de um braço, perna, fala, ou ate mesmo todos em simultâneo, dependendo do nível de lesão e a espinha bífida, uma má formação da coluna durante a gestação, o que dificulta os movimentos destas pessoas e por isso têm de andar de cadeira de rodas, porém, podem apresentar uma boa capacidade cognitiva.

4.Como reagem ao trabalho de um(a) técnico(a) de reabilitação?
A técnica referiu que tenta sempre realizar os exercícios dependendo das necessidades que cada utente tem de aperfeiçoar determinado movimento e dependendo da sua capacidade cognitiva. De uma forma geral todos os seus utentes reagem bem ao seu trabalho porque sentem-se bem com os exercícios que lhes são propostos, atingindo sempre os objectivos da técnica. A especialista esclareceu ainda que os exercícios de reabilitação não são apenas aqueles que se fazem na instituição, mas também os que fazem na piscina (hidroterapia) e no centro de equitação (hipoterapia), onde se fazem exercícios equilíbrio e exercícios de dissociações de cintura, ou seja, os movimentos de rotação da cintura.

5.Os familiares destas pessoas também a consultam? Se sim, com que finalidade?
A técnica indicou que raramente recebe os familiares, e quando isso acontece é apenas para pedir ajuda para os apoios técnicos, ou seja, por exemplo: quando necessitam de barras para colocar na casa de banho, ou ajuda técnica na cama para os ajudar a serem mais autónomos.

6.Na sua opinião, qual a maior dificuldade que (a) técnico(a) de reabilitação enfrenta quando acompanha estas pessoas?
A técnica referiu que estipula sempre uns objectivos, e por isso, tem sempre grandes expectativas mas por vezes depara-se com algumas dificuldades e por isso não consegue alcançar os objectivos. Na maior parte das vezes cada utente é recebido uma vez por semana, porém, a especialista refere que o ideal era recebê-los 3 vezes por semana para poder obter os resultados mais rapidamente, por isso, a maior dificuldade com que se depara é o não conseguir reunir os utentes mais vezes por semana de maneira a poder ter os resultados mais rapidamente.

6.Como faz a avaliação da evolução da motricidade da pessoa?
Como já foi dito anteriormente, a técnica referiu que faz uma avaliação inicial do utente e estipula determinados objectivos e depois de três em três meses faz uma avaliação para verificar se houve ou não evolução da motricidade dessa pessoa, apesar de, na maior parte das vezes, não haver melhoria mas sim um mantimento da motricidade, ou seja, se um utente for capaz de manter sempre a capacidade de efectuar um determinado movimento, já é muito bom.

7.Houve algum caso que o(a) tenha marcado mais?
A técnica não resistiu a dizer que todos os casos a marcam, pois, como qualquer pessoa, são únicos, referindo ainda que todos são especiais pela sua maneira de ser e pelo facto de o trabalho que é feito com um é diferente do trabalho que é feito com outro, conforme a necessidade de cada utente. Referiu ainda que no caso das aulas de hipnoterapia havia utentes que tinham medo de subir para cima do cavalo e depois foram ganhando confiança e agora já fazem os exercícios sem qualquer medo, assim como no caso da hidroterapia em que havia casos em que os utentes tinham medo de entrar para a água e agora estão sempre ansiosos que chegue o dia de iram para a piscina, o que para uma técnica é muito gratificante.


Por fim, visitámos as instalações. Ficámos a conhecer a sala de artes, onde os utentes realizam variadas actividades plasticas, têxteis e pituras com diversos materiais, conhecemos tambem a sala informatica, a sala de reabilitação, onde realizam as actividades de reabilitação, a sala de Snoezelen onde se promove o relaxamento, lazer e diversão e estimula os sentidos e por fim, o refeitório.

terça-feira, 24 de março de 2009

Deficiência motora

O que é a deficiência motora?
Deficiência motora é uma disfunção física ou motora, a qual poderá ser de carácter congénito ou adquirido.
Desta forma, esta disfunção irá afectar o indivíduo, no que diz respeito à mobilidade. À coordenação motora ou à fala. Este tipo de deficiência pode decorrer de lesões neurológicas, neuromusculares, ortopédicas e ainda de mal formação.


Quem pode ser considerado deficiente motor?
Considera-se deficiente motor todo o indivíduo que seja portador de deficiência motora, de carácter permanente, ao nível dos membros superiores ou inferiores, de grau igual ou superior a 60% (avaliada pela Tabela Nacional de Incapacidades, aprovada pelo decreto de lei nº 341/93, 30 de Setembro).
Para além disso, para ser titular deste nome, é necessário que essa deficiência dificulte, comprovadamente, a locomoção na via pública sem auxílio de outrem ou recurso a meios de compensação, bem como o acesso ou utilização dos transportes públicos.


Quais as causas da deficiência motora?
• Acidentes de trânsito;
• Acidentes de trabalho;
• Erros médicos;
• Problemas durante o parto;
• Violência;
• Etc.


Quais os vários tipos de deficiência motora?
•Monoplegia: paralisia em um membro do corpo;
•Hemiplegia: paralisia na metade do corpo;
•Paraplegia: paralisia da cintura para baixo;
•Tetraplegia: paralisia do pescoço para baixo;
•Amputação: falta de um membro do corpo.

sábado, 7 de fevereiro de 2009


Somos alunas da Escola Secundária de Francisco Rodrigues Lobo, Leiria, frequentando o 12º ano- turma D, do curso Ciências e Tecnologias, e no âmbito da Área Projecto estamos a desenvolver o projecto: “Deficiência Motora".
Foi a pensar naqueles que lutam e tentam todos os dias ultrapassar obstáculos para conseguir ter uma vida de qualidade, que decidimos fazer algo que pudesse contribuir para uma melhoria do seu quotidiano.
Já pensou não conseguir visitar um museu porque a sua entrada não se adequa à situação em que vive ou se transporta?
Já imaginou não se poder deslocar a longas distâncias, porque no séc. XXI, a maioria dos transportes públicos ainda não oferecem acessibilidade?
No nosso ponto de vista, estas questões devem ser levantadas, discutidas no sentido de se procurar soluções.
O número de deficientes motores tem aumentado ao longo do tempo, cada vez existem mais acidentes, a nível rodoviário, desportivo, profissional e até mesmo a nível da genética.
Ao longo do ano vão ser desenvolidas actividades diversificadas com o objectivo de sensibilizar a comunidade escolar e todos os leitores do nosso blog.
Fica atento.
Brevemente serão divulgadas actividades!